sexta-feira, 30 de março de 2012

EDITORIAL

Caros leitores


Contribuir para um jornal, como o Cidade da Barra, é sempre uma grande responsabilidade. As palavras marcam, constroem entendimentos, influenciam condutas, formam opiniões.

No entanto, como dizia François Rabelais,filósofo francês do século XVI, é preciso querer para se fazer o que se deve, quando se pode. E é com esse pensamento que me apresento, como colaboradora deste jornal.

Há muito que não queremos mais fazer o que devemos e quando quizermos, o tempo já não será mais propício. A hora é agora.

A nossa história, como um povo que somos, desde sempre não nos permitiu que assumíssemos nossa condição própria de cidadania. Há muito e desde o início, carregamo-nos como se nos tivessem feito um favor de existir, enquanto nação. Assim, caminhamos há mais de cinco séculos, numa subserviência cidadã assustadora. Tão assustadora que trouxe, como novidade, a indiferença civil; o problema da coletividade passou a ser de uma figura fantasmagórica e surreal, que são as entidades governamentais. Em nossa cabeça, nos tem sido incutido a idéia de que essas entidades existem por si só, como se vida própria tivessem.

Não,caros leitores. A vida político-administrativa nasce em nós, por nós é nutrida e para nós deve estar voltada. Por isso, não se assuste com o tom que muitas vezes verá em meus escritos. As críticas virão porque há muito o que se criticar, diante da inoperância e dos abusos políticos de que temos sido vítimas e ,ao mesmo tempo, mantenedores.Afinal, nós os elegemos para cuidar das coisas que são do povo, ou seja, as NOSSAS coisas; as críticas não podem e não serão pessoais,uma vez que a ação dos mesmos, incumbidos de gerenciar o patrimônio e o serviço público, também não devem ter razão pessoal.

E vamos lá...Há muito o que fazer! Não percamos mais tempo diante daquilo que nos será cobrado- e o será,pode ter certeza!- pelas gerações vindouras. Façamos o que nos cabe, da melhor maneira que conseguirmos.

Um abraço.

Cristina Magalhães