terça-feira, 24 de maio de 2016

Bons ventos

Maria Helena Cantamissa

  Sempre almejamos que os bons ventos nos impulsionem para a vitória. Assim, não poderia ter sido diferente a realização da 11ª Regata da Fraternidade, uma parceria da Flotilha BarraVela e da Equipe da Campanha da Fraternidade da Paróquia São Francisco de Paula/Barra da Tijuca.


Sob o manto da mais absoluta tranquilidade, na aprazível manhã de 21 de maio de 2016, nas instalações do Clube dos Oficiais Bombeiros, o casal Tânia e Antonio Bassilo, juntamente com grande família “Flotilha BarraVela”,


receberam o pároco Frei Dino, para a bênção dos barcos que competem nas classes laser e dingue, como acontece ao longo desses anos.

À beira da Lagoa Marapendi, onde é realizada a regata, Frei Dino falou sobre a importância dessa lagoa, da conservação da água e de como os velejadores transformaram o  sentido dessa regata, dando testemunho a toda essa região, de como preservar o local, que é sinal de vida, e a defender o meio ambiente, exigência que nos envolve.




Convocou os ambientalistas David Zee e Mario Moscateli, desejando que estivessem presentes, a continuarem a luta pelo ambiente, pois se não cuidamos, seremos prejudicados, uma vez que usamos para nossas atividades, para a prática de esporte, momentos de laser onde recuperamos as forças.



O padre  citou São Paulo, que embora tenha vivido na época de Jesus, era um homem muito moderno:

“Vocês não sabem que os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que depois de ter pregado aos outros eu mesmo não venha a ser reprovado.”

Coordenando a Campanha da Fraternidade da paróquia, Maria Helena Cantamissa, essa colunista que vos fala, em breves palavras, agradeceu os donativos recebidos e falou do tema da CF 2016,








“Casa comum, nossa


responsabilidade” e do  lema, “Quero

ver o direito brotar como fonte e

correr a justiça qual riacho que não

seca”.






Cabe esclarecer que essa campanha trata da espinhosa questão do Saneamento Básico, que é uma garantia constitucional, e nos termos da Lei nº 11.445/2007, estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico,  lindamente exposta no papel, como a seguir:

A universalização do acesso ao saneamento básico; a integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados; o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente; a disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado; a adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; a articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;  eficiência e sustentabilidade econômica; a utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas; a transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados; o controle social; a segurança, qualidade e regularidade; a integração das infra-estruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.

Ora, se fôssemos um país amante da leitura, se fôssemos cumpridores de nossos deveres e direitos, se assumíssemos a árdua tarefa do exercício da cidadania e se a EDUCAÇÃO fosse prioridade,  nossas leis  tão bem redigidas, sairiam magicamente do papel e, voilá, passaríamos da condição de uma nação atrasada, que não ama a cultura e a educação, para o Jardim do Éden, pois somos pródigos em exuberantes paisagens naturais, como a Lagoa Marapendi.

Que os “bons ventos” nos impulsionem nas práticas da FRATERNIDADE e de boas políticas públicas.