Sempre almejamos que os bons ventos nos
impulsionem para a vitória. Assim, não poderia ter sido diferente a realização
da 11ª Regata da Fraternidade, uma parceria da Flotilha BarraVela e da Equipe
da Campanha da Fraternidade da Paróquia São Francisco de Paula/Barra da Tijuca.
receberam o pároco Frei Dino, para a bênção dos barcos
que competem nas classes laser e dingue, como acontece ao longo desses anos.
À beira da Lagoa Marapendi, onde é realizada a regata, Frei Dino falou sobre a importância dessa lagoa, da conservação da água e de como os velejadores transformaram o sentido dessa regata, dando testemunho a toda essa região, de como preservar o local, que é sinal de vida, e a defender o meio ambiente, exigência que nos envolve.
Convocou os ambientalistas David Zee e Mario Moscateli, desejando que estivessem presentes, a continuarem a luta pelo ambiente, pois se não cuidamos, seremos prejudicados, uma vez que usamos para nossas atividades, para a prática de esporte, momentos de laser onde recuperamos as forças.
O padre citou São Paulo, que embora
tenha vivido na época de Jesus, era um homem muito moderno:
“Vocês não sabem que os que correm no
estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio.
Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para
obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que
dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto
como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para
que depois de ter pregado aos outros eu mesmo não venha a ser reprovado.”
Coordenando a Campanha da Fraternidade da paróquia, Maria Helena Cantamissa, essa colunista que vos fala, em breves palavras, agradeceu os donativos recebidos e falou do tema da CF 2016,
“Casa comum, nossa
responsabilidade” e do lema, “Quero
ver o direito brotar como fonte e
correr a justiça qual riacho que não
seca”.
Cabe esclarecer que essa campanha trata da espinhosa questão do Saneamento Básico, que é uma garantia constitucional, e nos termos da Lei nº 11.445/2007, estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico, lindamente exposta no papel, como a seguir:
A universalização
do acesso ao saneamento básico; a integralidade, compreendida como o conjunto
de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de
saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas
necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados; o abastecimento
de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
a disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de
manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do
patrimônio público e privado; a adoção de métodos, técnicas e processos que
considerem as peculiaridades locais e regionais; a articulação com as políticas
de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de
sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de
relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para
as quais o saneamento básico seja fator determinante; eficiência e
sustentabilidade econômica; a utilização de tecnologias apropriadas,
considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções
graduais e progressivas; a transparência das ações, baseada em sistemas de
informações e processos decisórios institucionalizados; o controle social; a
segurança, qualidade e regularidade; a integração das infra-estruturas e
serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Ora, se fôssemos um
país amante da leitura, se fôssemos cumpridores de nossos deveres e direitos,
se assumíssemos a árdua tarefa do exercício da cidadania e se a EDUCAÇÃO fosse
prioridade, nossas leis tão bem redigidas, sairiam magicamente do papel
e, voilá, passaríamos da condição de uma nação atrasada, que não ama a
cultura e a educação, para o Jardim do Éden, pois somos pródigos em exuberantes
paisagens naturais, como a Lagoa Marapendi.
Que os “bons
ventos” nos impulsionem nas práticas da FRATERNIDADE e de boas políticas
públicas.