Da mãe
(Lenita) veio o conhecimento sobre grandes músicos e gosto particular por
óperas. Em seu atelier, no Recreio dos Bandeirantes, enquanto forja o metal,
ele ouve Chopin, Piaf e outros nomes notáveis. Muitas de suas peças são
inspiradas nas civilizações antigas, como os sumérios. Chris é fã de Cleópatra
e sua próxima coleção já tem nome: Durga, uma deusa guerreira hindu.
Chris dedicou-se à joalheria estudando no Senac e aprimorando-se com conceituada designer Paula Mourão, na década de 2000. Da artista Elizabeth Franco, com quem também estudou em 2011, veio uma de suas características, o uso de múltiplas texturas. Mas, a habilidade com a manipulação dos metais e pedrarias vem de família. Os tios Albertino e Alberto, além do padrinho José eram exímios joalheiros.
A família tem uma importantíssima influência nos seus trabalhos. Uma das primeiras peças que desenvolveu foram as folhas inspiradas nas flores de tecido, que sua mãe fazia.
“Eu gostava muito e busquei o mesmo resultado no
metal”, conta. Um de seus exemplares mais fascinantes é uma pulseira de prata,
coberta por ouro, cuja confecção levou cerca de um ano. A cada folha fundida na
estrutura principal, outra caia. Mas, Chris não desistiu do projeto. O
resultado é mais que um adorno; é uma escultura formidável para pessoas com
atitude e personalidade marcante.
Outra
marca de seu trabalho são as bolinhas de prata que, segundo ele, abriram-lhe as
portas do mercado joalheiro. Foram justamente essas bolinhas que chamaram a
atenção da artista Paula Mourão, filha do também designer Caio Mourão. “Ela
ficou impressionada por que eram iguais as que o pai dela fazia, mas com
técnica diferente”, lembra Chris.