sábado, 27 de agosto de 2016

INSPIRAÇÃO NOS METAIS

Capricorniano de 09 de janeiro, carioca, morador do Recreio há 25 anos, ele é descendente de árabes e portugueses. Christopher Sodré vem de uma família que sempre deu importância à cultura. Com o pai (João) aprendeu a gostar de biografias, história e mitologia.

 Da mãe (Lenita) veio o conhecimento sobre grandes músicos e gosto particular por óperas. Em seu atelier, no Recreio dos Bandeirantes, enquanto forja o metal, ele ouve Chopin, Piaf e outros nomes notáveis. Muitas de suas peças são inspiradas nas civilizações antigas, como os sumérios. Chris é fã de Cleópatra e sua próxima coleção já tem nome: Durga, uma deusa guerreira hindu.

Chris dedicou-se à joalheria estudando no Senac e aprimorando-se com conceituada designer Paula Mourão, na década de 2000. Da artista Elizabeth Franco, com quem também estudou em 2011, veio uma de suas características, o uso de múltiplas texturas. Mas, a habilidade com a manipulação dos metais e pedrarias vem de família. Os tios Albertino e Alberto, além do padrinho José eram exímios joalheiros.

A família tem uma importantíssima influência nos seus trabalhos. Uma das primeiras peças que desenvolveu foram as folhas inspiradas nas flores de tecido, que sua mãe fazia.


“Eu gostava muito e busquei o mesmo resultado no metal”, conta. Um de seus exemplares mais fascinantes é uma pulseira de prata, coberta por ouro, cuja confecção levou cerca de um ano. A cada folha fundida na estrutura principal, outra caia. Mas, Chris não desistiu do projeto. O resultado é mais que um adorno; é uma escultura formidável para pessoas com atitude e personalidade marcante.


Outra marca de seu trabalho são as bolinhas de prata que, segundo ele, abriram-lhe as portas do mercado joalheiro. Foram justamente essas bolinhas que chamaram a atenção da artista Paula Mourão, filha do também designer Caio Mourão. “Ela ficou impressionada por que eram iguais as que o pai dela fazia, mas com técnica diferente”, lembra Chris.