sexta-feira, 7 de outubro de 2016

COLUNA ESPAÇO MOTOR

João Mendes



                TOYOTA PRIUS, VOCÊ PRECISA ANDAR EM UM

Toda semana eu comento um ou dois carros que utilizei no período e conto aqui as minhas impressões. Desta vez andei no Toyota Prius, o carro híbrido mais vendido no mundo, e só comentarei esta experiência porque preciso de espaço.


O Prius possui dois motores, um movido a gasolina e outro elétrico num sistema denominado pela Toyota de  Hybrid Synergy Drive. Ao ligar o carro o silêncio é total, o motor elétrico entra em ação e você sabe que esta tudo OK para sair por causa do painel acesso e as informações na tela de que esta tudo certo. Aí  eu poderia sair da minha garagem sem que ninguém percebesse mas o barulho do portão eletrônico me entregou. Já na rua o carro continua usando o motor elétrico mas se você precisar dar uma arrancada mais forte ou para vencer uma subida o motor a gasolina, com 98 cavalos de potência, entra em ação. Esse mesmo motor é que carrega a bateria que move o motor elétrico e a energia cinética recuperada nas frenagens também vira energia elétrica e vai para a bateria, tecnologia usada também nos carros de Fórmula 1.




Tudo isso é conferido instantaneamente no painel central que é todo digital, um espetáculo de informações. Durante todo o período de testes eu me diverti muito de olho no consumo e só andei no perímetro urbano com muito para e anda.



Consegui fazer 21,2 km/l em alguns momentos e nos 320 km que percorri, sempre no perímetro urbano, gastei aproximadamente 15 litros de gasolina, muito bom.
O Prius tem câmbio automático CVT o que ajuda mais ainda na suavidade do passeio e a alavanca de marchas é um “joystick” que se move com um dedo. Já se deslocando chama a atenção o Head Up Display que reflete no parabrisa, logo a frente do motorista, a velocidade do veículo. Todo carro deveria ter isso. Além dessa tecnologia toda o Toyota Prius tem um design futurista que uns amam e outros torcem o nariz, acham um pouco exagerado, e as rodas possuem calotas o que gera algumas críticas. Como um veículo com tanta tecnologia tem calotas de plástico ? O que as pessoas não sabem é que as rodas são de liga leve para melhorar o desempenho do veículo, por causa do peso menor, e as calotas dão visual mais moderno e melhoram a aerodinâmica. Se olhar bem vai ver que as calotas compõe com as rodas porque ficam visíveis elementos das rodas apesar da calota ser encaixada por cima delas. No mais o Prius tem tudo de segurança, conforto e entretenimento dos outros carros médios da marca mais o controle de estabilidade e tração. Por ser menos poluente algumas cidades já estão fomentando o uso de carros com motorização híbrida e assim na cidade de São Paulo esses carros tem IPVA reduzido e isenção do rodízio, na cidade do Rio de Janeiro o IPVA também é reduzido e isso deve ser uma tendência para outras cidades num futuro breve.  O Toyota Prius custa R$126.600, já com frete, e a Toyota já vendeu mais de 9 milhões de veículos híbridos em todo mundo. Na próxima edição eu conto mais sobre esse carro. 

CARROÇA NA NOVELA DAS 9

Tanta propaganda no ar que fui assistir a estreia da nova novela das 9 h da noite, A Lei do Amor. Logo no início aparece um veleiro de madeira muito novo e pensei que estava nos anos 1950 ou 1960. Na mesma cena aparecem duas motos aquáticas e então imaginei que o veleiro estava bem restaurado e estávamos no mínimo nos anos 1990. Pouco depois uma cena numa rua onde todos os carros são dos anos 1980, Monza, Fusca, Kadett, Escort, Voyage e o milionário da cidade aparece num Ford Corcel II, o que era muito normal na época inclusive preferiam as versões Ghia, Del Rey e LDO, que significa Luxuosa Decoração Opcional. Aí um casal vai no parque de diversões e compra fichas numa barraca de tiro ao alvo com notas de Real, que surgiram em 1994. Se a novela começou, no mínimo em 1994, portanto quatro anos depois do Presidente Collor abrir o mercado para os importados, como um milionário, com várias empresas, que anda com motorista, tem um  Ford Corcel que foi produzido até 1991 mas que em 1990 já estava com seus dias contados porque estava chegando o Versailles. Logo que os importados chegaram todo mundo que tinha algum no bolso partiu para as compras. Eu sei que é uma ficção mas o mega empresário merecia algo mais expressivo para a época porque como afirmou o próprio Presidente Collor os nossos carros eram uma carroças.

FALTA DE AUTÓDROMO AJUDA A DERRUBAR PEDRO PAULO

O Prefeito Eduardo Paes não honrou o compromisso assumido, destruiu o autódromo de Jacarepaguá e não construiu um novo em Deodoro. Com isso a turma do automobilismo e motociclismo que envolve pilotos, mecânicos, preparadores, a turma da lanternagem, pintura, fornecedores de peças, pneus, aficionados, etc. fez campanha nas redes sociais contra a candidatura de Pedro Paulo, que Paes queria que fosse seu sucessor. Essa turma é muito maior que se imagina porque aconteciam no autódromo de Jacarepaguá muitos eventos para quem gosta de acelerar seus carros e motos, os Track Days, e não apenas competições para profissionais. Como Eduardo Paes errou feio com esta turma deve ter errado com outras e a candidatura do Pedro Paulo “babou” e tem mais, já adiaram duas vezes a licitação do Parque Olímpico para uma empresa administrar algumas arenas e desmontar outras. É que ninguém se interessou e para a sua manutenção a área atualmente gasta milhões da Prefeitura, a cada mês, e tende a se transformar num elefante branco. Pra finalizar uma ironia do destino, o primeiro cargo do Pedro Paulo na Prefeitura foi o de gerente do autódromo.