terça-feira, 19 de novembro de 2019

MARKETING & NEGÓCIOS


   


       RICARDO CORRÊA



 


7 TENDÊNCIAS DE CONSUMO PARA O VAREJO FICAR ATENTO EM 2020

Mais do que nunca, os consumidores exigem personalização, mas, acima de tudo, com muita simplicidade. Todos querem ser reconhecidos pelos seus hábitos e pressionam as marcas para adotarem valores e estilo de vida. Pensando nisso, reuni os principais pontos de algumas tendências para 2020 que merecem atenção do varejo, sem perder de vista a realidade brasileira. Vamos lá?



  1. Gerações mais velhas querem ser lembradas pelas marcas como jovens.

Estamos todos vivendo mais e ressignificando o que conhecemos como velhice. Além da atenção com o corpo e a mente, elas querem ser tratadas como jovens, porque se sentem assim. Por isso, trate o seu consumidor de 60+ como SEXALESCENTE e não como SEXAGENÁRIO.



  1. Menos é mais: a busca por produtos simples, autênticos e de qualidade.

Consumir produtos padronizados está ficando menos atrativo a cada dia. O novo consumidor quer expressar sua individualidade por meio do produto. É a vontade de retomar o controle do que comemos, bebemos ou passamos na pele. Essa busca por experiências autênticas embalou o recente interesse em produtos artesanais e de produtores locais. O tal MADE IN USA já não sensibiliza mais.

  1. Consumismo fora de moda: ética e consciência ambiental em pauta.

O cuidado com o outro, com os animais e o meio ambiente originou novos hábitos de consumo, consequência de uma preocupação constante do consumidor com a origem dos produtos. O Brasil é o 6º país cuja população vegetariana mais cresceu! O tal “barrigudinho”, aquele consumidor que não se preocupava com a gordura, os produtos tubaína e consumia qualquer marca pelo preço, está minguando.

  1. Cada vez mais unidos – digitalmente.

A tecnologia vai continuar transformando não só a maneira como nos comunicamos, mas como trabalhamos, consumimos e colaboramos uns com os outros. Inteligência artificial, análise preditiva e realidade virtual já foram tecnologias do futuro. Hoje, são utilizadas por varejistas do mundo inteiro com softwares interativos e fáceis de usar. De carro a apartamento, de bolinho de bacalhau a Chateauneuf du Pape, tudo se transaciona pela Internet... pelas mídias digitais.

  1. Todos são especialistas – o consumidor também.

Se antes os consumidores eram seduzidos pelo marketing das empresas, hoje eles pesquisam, questionam e compartilham informações para decidir suas compras. A “voz das marcas” disputa espaço com influenciadores digitais, redes sociais, e sites de avaliação e monitoramento. Se você quer conquistar o novo consumidor, seja honesto, transparente e se importe com o que ele quer ouvir, não o que você quer dizer.

  1. Do it yourself: o consumidor quer cuidar dele mesmo.

Os consumidores estão dispensando a ajuda direta de especialistas ou profissionais intermediários. Não é nada pessoal – eles só estão buscando maneiras de simplificar suas vidas. Entre o “novo produto do momento” e uma solução simples que atenda às suas necessidades, a tendência é a escolha pelo segundo. O cliente quer finalizar a compra sozinho e quer receber o produto em casa no mesmo dia. Fora com as caixas, burocracia e filas. Ao invés disso, tablets.

  1. O prazer em voltar à vida real.

Era uma vez o estilo de vida workaholic. Mais atentos à saúde mental, os consumidores estão valorizando a própria companhia e dando adeus à sensação de “estar perdendo alguma coisa”, causada, principalmente, pelas redes sociais – tendência mundial dos últimos anos. As marcas precisam entender que o consumidor está mais seletivo e quer usar o seu tempo de forma produtiva, proteger seus dados pessoais e reduzir o tempo online em troca de experiências da vida real. Internet, sim. Porém, relacionamento, experiências offline e conteúdo relevante farão a diferença.

Longe de querer estabelecer “regras” para a vida moderna do comerciante, penso em municiar os amigos com as principais tendências para um bom relacionamento com o consumidor. A máxima é: NÃO IMPORTA MUITO O QUE VOCÊ QUER DIZER, MAS SIM O QUE O OUTRO QUER OUVIR.