domingo, 13 de junho de 2021

A Educação na Pandemia  

Ana Shirley França 

De volta ao Jornal Cidade da Barra, com satisfação, escreverei sobre Educação e Formação profissional, a partir desta data. 

Neste primeiro texto, desejo dividir com os leitores as minhas preocupações com a Educação, hoje com suas atividades de ensino-aprendizagem, majoritariamente, realizadas na modalidade a Distância e no Ensino Online, formas de ensinar e aprender que, devido ao momento pandêmico, tornam-se as saídas para a continuidade educacional no Brasil e no Mundo. 

Certamente os críticos do EAD se calaram. Nunca foi tão necessária a Educação a Distância como agora. O tempo da educação do passado terminou. Quem quiser se manter apto no mercado educacional, sejam escolas públicas ou privadas deverão investir em inovações educacionais. 

Apenas gravar aulas presenciais e aparecer frente às câmeras, como se fossem educação a distância, não resolve. Existe um necessário planejamento de ações educacionais que o ensino precisa cumprir. Também, como são controladas essas aulas? Professores ministram aulas, utilizando a tecnologia como meio, muitas vezes, sem o devido planejamento, sem controle das atividades e sem verificação do cumprimento de objetivos pedagógicos. O estudante apenas não pode ser o balizador da boa ou má aula, é preciso controle. Colocar o professor e alunos frente a frente, por meio de tecnologias não significa haver, necessariamente, uma aula a distância e a relação ensino aprendizagem realizada. 

 Se antes no ambiente de aulas presenciais o controle da qualidade do ensino era difícil, imagine-se no momento das aulas online, em que pouco ou nada é controlado, e o professor está livre para fazer o que desejar com seu tempo. Não que se desconfie do trabalho do professor! Por mais que ele realize a aula de forma satisfatória, não há como ocorrer uma avaliação do trabalho docente, para melhorias na qualidade do ensino. Até mesmo o professor fica com dúvidas se as aulas realizadas realmente transmitem e formam o estudante. Além disto, existe um gap pouco controlável: a internet, meio por onde tudo ocorre. 

Nem todos possuem a mesma infraestrutura para o uso de tecnologias. O poder aquisitivo, a localização e a aparelhagem utilizada influenciam decisivamente na melhor ou pior realização de aulas pelo meio digital, tanto em relação ao aluno, como ao professor. Assim, é fácil se perceber que este é um complicador, para que as aulas ocorram como se espera. Certamente, passa-se por um momento difícil na educação e é preciso resguardar as pessoas neste momento de pandemia, mas não se pode aceitar mais o “Melhor assim, do que sem aulas”.

 É preciso maior controle das escolas nas atividades de ensino e aprendizagem, um planejamento educacional que organize as aulas a distância e online, bem como dar mais atenção ao aparato pedagógico necessário à atual modalidade educacional. 

Ana Shirley França Administradora. Mestre em Educação, Professora Universitária na Unyleya, Avaliadora INEP/MEC, Conselheira Suplente no CRA-RJ. E-mail: anafranka@uol.com.br