domingo, 4 de julho de 2021

Doutor em Educação pela USP e doutora em Educação pela PUC debatem o novo Ensino Médio

Como acontece desde abril, na última quarta-feira de cada mês o Grupo Sinergia Educação (Colégios CEL Intercultural School e Franco-Brasileiro) promove a live Rodas de Conversa – Debatendo o Futuro da Educação. Nesta quarta, o convidado foi Wolney Candido de Melo,  Mestre em Ensino de Física pelo Instituto de Física da USP, Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da USP e pedagogo com habilitação em Direção e Supervisão Escolar.  


O bate-papo foi apresentado por Victor Muller (gerente de RH  do Grupo Sinergia) e mediado pela professora Priscila Resinentti, graduada em Ciências Biológicas (UFRJ), especializada em Educação Básica pela UERJ, mestre em Educação pela PUC e doutora em Ciências Humanas – Educação  (PUC).  
Wolney iniciou a Rodas de Conversa apresentando números de matrículas na Educação Básica no Brasil de 2017 a 2020. 

O convidado especial fez algumas pontuações a respeito da formação escolar no país. Entre elas:

- A espinha dorsal do novo Ensino Médio é a gente parar de olhar as disciplinas de maneira isolada e olhar por área do conhecimento. Uma segunda coisa é que ele tem que permitir a estrutura curricular flexível. O Ensino Médio hoje está engessado em 13 disciplinas que, muitas vezes, não conversam uma com a outra. Em geral, quantas vezes o professor de Biologia desenvolve um trabalho com o de Física? Temos professores excelentes nas redes públicas e privadas que buscam essas parcerias, mas são iniciativas individuais – explicou Wolney durante  a live.

O Doutor em Educação pela USP também falou da importância de uma sala de aula cada vez mais antenada com o mundo contemporâneo:

- O ENEM em papel vai acabar. E isso é bom, mas claro que tem muita coisa para se ajustar até lá. Quando tivermos na era digital, vai dar pra inserir filme, vai aumentar o número de recursos neste processo

Priscila fez algumas pontuações, como esta a seguir:

- As avaliações externas estão apontando que há um problema realmente sério relacionado ao Ensino Médio e a gente não pode cruzar os braços. Neste sentido, isso vai compondo um panorama que precisa culminar com uma política pública voltada para esses jovens. Eles deveriam estar na escola, acessando conhecimento não só cognitivo, mas sócio-emocional, tendo uma possiblidade de formação integral.

A doutora em Ciências Humanas – Educação  (PUC) também destacou a importância dessa fase da vida acadêmica:     

- O Novo Ensino Médio se configura como espaço de escolhas e decisões responsáveis, o que traz luz ao protagonismo juvenil e ao seu projeto de vida.